Segundo dados do Instituto Nacional do Câncer, o câncer de mama é provavelmente o mais temido pelas mulheres, devido à sua alta frequência e, sobretudo, pelos seus efeitos psicológicos, que afetam a percepção da sexualidade e a própria imagem pessoal. Ele é relativamente raro antes dos 35 anos de idade, mas acima dessa faixa etária sua incidência cresce rápida e progressivamente.
No Brasil, o câncer de mama é o que mais causa mortes entre as mulheres. As estatísticas indicam o aumento de sua frequência tanto nos países desenvolvidos quanto nos países em desenvolvimento. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), nas décadas de 1960 e 1970 registrou-se um aumento de 10 vezes nas taxas de incidência ajustadas por idade nos Registros de Câncer de Base Populacional de diversos continentes.
Como não existe maneira de prevenir o câncer de mama, o ideal para cada mulher é o diagnóstico precoce. Quanto mais cedo o câncer for diagnosticado, maior a chance de cura com um mínimo de sequelas.
Dentro da estratégia da detecção precoce do câncer de mama, os passos mais importantes são:
1. Exame clínico das mamas realizado anualmente, para as todas as mulheres.
2. Mamografia para mulheres acima de 40 anos.
3. Exame clínico das mamas e mamografia anual, a partir dos 35 anos, para as mulheres pertencentes a grupos populacionais com risco elevado de desenvolver câncer de mama. São consideradas mulheres de risco elevado aquelas com: um ou mais parentes de primeiro grau (mãe, irmã ou filha) com câncer de mama antes dos 50 anos; um ou mais parentes de primeiro grau com câncer de mama bilateral ou câncer de ovário; história familiar de câncer de mama masculina;lesão mamária proliferativa com atipia comprovada em biópsia. Considerar sempre a avaliação e as indicações médicas para cada caso específico.
Dr. Sérgio dos Passos Ramos